No banco do jardim | |
Por Teresa Martins (Professora), em 2017/05/10 | 941 leram | 0 comentários | 202 gostam |
Alexandra Rafael do 8.ºD respondeu a mais um desafio de escrita criativa: "UMA IMAGEM, UM TEXTO" | |
Há oito primaveras que todos os dias a rotina era a mesma. No fim do almoço, atravessava a rua e sentava-se sempre no mesmo banco, o mais frio e solitário de todos, cujo único ocupante era ele. Após a morte da sua esposa tudo mudou na sua vida. Quando o corpo da mulher que amou durante décadas foi enterrado, também a vida dele foi levada. Não só perdeu a pessoa que mais lhe fazia falta, como viu os filhos, netos e bisnetos afastarem-se dele. Foi como se também ele tivesse morrido e a sua alma tivesse sido desligada. Naquele parque cheio de vida, onde as crianças brincavam e os animais se divertiam, os dias de verão eram cinzentos para o idoso. Sentado no banco sentia a solidão que abalava a sua vida, a tristeza de ainda viver e a saudade de quem o fez mais feliz até ao dia em que o deixara. | |
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